Ter uma boa qualidade de sono é um dos pilares da saúde e do bem-estar. Conforme os especialistas, adultos devem dormir de 7 a 9 horas ininterruptas por noite, de modo a terem mais qualidade de vida e disposição para realizar as tarefas diárias. No entanto, a “regra” pode variar de acordo com fatores, como idade, atividade física e mental, e gênero.
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Devido à fatores biológicos que dificultam a qualidade do sono, mulheres adultas precisam dormir por mais tempo. “Na infância, meninos e meninas precisam de quase a mesma quantidade de sono. No entanto, uma vez que a puberdade chega, as mulheres precisam dormir mais do que os homens, e assim farão pelo resto de suas vidas. Cerca de 20 minutos extras são o suficiente”, explica a cientista do sono Carmel Harrington em entrevista à “Women’s Health”.
Confira a seguir cinco motivos que prejudicam o sono e pelos quais as mulheres precisam dormir mais do que os homens:
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Mudanças hormonais
Normalmente, a insônia feminina pode estar associada aos hormônios. “À medida que nos aproximamos do fim do nosso ciclo, muitas de nós sofremos de TPM, nos sentindo irritadas e emocionalmente sensíveis e esses motivos também são marcas dos distúrbios do sono”, reforça a especialista.
Durante a segunda metade do ciclo menstrual, é comum que as mulheres fiquem menos sensíveis à melatonina, o hormônio indutor natural do sono. Para amenizar esse efeito, é recomendado evitar o uso de aparelhos eletrônicos antes de deitar e acender uma luz vermelha para aumentar a produção de melatonina no corpo.
Insônia
O gênero feminino está mais propenso a dificuldades na qualidade do sono. Com base em um estudo da National Sleep Foundation, cerca de 15% das mulheres têm algum tipo de problema para dormir, em comparação à 8% dos homens. Além disso, 63% sofrem de insônia semanalmente, enquanto a taxa masculina chega a 54%.
Excesso de tarefas
A sobrecarga de tarefas, como trabalho, filhos, casa e relacionamento, também contribui para a exaustão e maiores preocupações que refletem na hora do descanso. Com base em uma análise realizada pela economista Daniela Del Boca, em 2020, esse fator ganhou ainda mais força durante a pandemia da Covid-19, “com exceção das que continuam a trabalhar presencial no seu local habitual, todas as mulheres entrevistadas gastam mais tempo com as tarefas domésticas do que antes”.
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Gravidez
Durante a gravidez, é comum que a qualidade do sono seja prejudicada devido ao tamanho da barriga, náuseas, refluxo, mal-estar e idas frequentes ao banheiro, por exemplo. A ansiedade para o parto também colabora para as poucas horas sem dormir. É recomendado que gestantes tenham apoio nas tarefas do dia a dia para se sentirem menos sobrecarregadas e consigam descansar ao máximo.
Menopausa
As mudanças hormonais também estão presentes na menopausa e prejudicam o sono, principalmente no início desse período. “Uma em cada duas mulheres com cerca de 50 anos tem algum tipo de problema para dormir. Para amenizar isso, vale certificar se sua roupa de cama é respirável e trazer um ventilador para o quarto, se necessário. Qualquer coisa que diminua a temperatura pode ajudar, já que é normal a sensação de calor e sudoreses nesse período”, diz Carmel Harrington.
Dicas
Embora a baixa qualidade de sono esteja relacionada à fatores biológicos femininos, algumas medidas podem ser tomadas para aliviar os sintomas da insônia. De acordo com os especialistas, vale apostar em: rotina no horário de dormir e acordar, mesmo aos finais de semana; praticar exercício físico e mental regularmente, pelo menos 30 minutos por dia; limitar a cafeína após as 14h; manter o quarto na temperatura ideal para dormir, entre 16°C e 18°C; evita exposição às telas uma hora antes de se deitar e investir em roupa de cama, colchão e travesseiros de qualidade.